quarta-feira, 6 de abril de 2011

Soneto do desespero

Quando ouço a sua voz,
Tenho medo,
Sinto que nós
Nunca poderíamos
Ficar a sós...
Você já deve ter notado...
Talvez isso tenha te afastado
E a vida assim, te arrastado
Para longe,
Longe de mim.
Suspiro, sabe?
Eu sinto, sabe?
Que eu preciso te encontrar
Numa outra dimensão
Pra ouvir a sua canção...
Um nó quase se formou
Na garganta,
E quase evidente ficou
Porque eu não mais te escrevo
E só apelo prás poesias;
Soneto do desespero.

Vitinho Andrade

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