terça-feira, 17 de maio de 2011

Desabafo de um homem Solitário

Como um fantasma que se refugia
Na solidão da natureza morta,
Por trás dos ermos túmulos,um dia,
Eu fui refugiar-me à tua porta!
Fazia frio e o frio que fazia
Não era esse que a carne nos conforta...
Cortava assim como em carniçaria
O aço das facas incisivas corta!
Mas tu não vieste ver minha Desgraça!
E eu saí,como quem tudo repele,
-Velho caixão a carregar detroços-
Levando apenas na tumbal carcaça
O pergaminho singular da pele
E o chocalho fatídico dos ossos!



Vitinho Andrade

6 comentários:

  1. Nossa, forte isso...Gostei!

    E eu sou sua centésima seguidora...rs

    Abraços

    Nina

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  2. E que desabafo rs
    Muito bonito!

    Um abração!

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  3. Vitinho, que maravilha! O aço cortante da solidão.
    Bjs e lindo fds

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  4. Gostei muito da citação de Augusto dos Anjos. Ele escreve muito bem, dentre outras tantas poesias que ele escreve. *-*
    Gosto muito dessa, em particular.
    Até mais querido, beijos!

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  5. Vitinho...
    Esteve sumido, senti sua falta.
    Beijos

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